Tuesday, May 15, 2007

Preciso dormir pois o dia chega na relva

Não quero que me salves do meu amanhã
Quero-a aqui hoje, ontém e sempre amada
Quero acordar com seus braços no peito
E minha paixão entregue ao ardor e fadada

Não me calo na tristeza que fere a alma
Não me abro na tenra felicidade desse corpo
Na presença da sua luz que emana alva
Me escondo na profundeza da minha sombra

Entrego a lasciva ardor da carne tenra
O prazer da bebida vermelha invade
Embriago-me pelos caninos feroses
E na relva deito-me inerte e estasiado

Não me calo na tristeza que fere a alma
Não me abro na tenra felicidade desse corpo
Na presença da sua luz que emana alva
Me escondo na profundeza da minha sombra

Preciso dormir pois o dia chega na relva
Deitarei nos meus sonhos com o eterno
Esqueço que sou um simples mortal
Que se esvai ao toque de seu beijo fatal

1 comment:

Anonymous said...

Imagino que saibas o que pensei sobre sua alma ter expressado sob a forma deste poema...
Perfect!!!